A ProCedro (Associação Brasileira de Produtores de Cedro Australiano) tem como principal objetivo a divulgação e a venda da madeira a ser produzida, sejam nos plantios já existentes, ou nos que continuam chegando a cada ano.
A iniciativa de montar uma Associação e assim deixar o setor mais forte, veio dos próprios produtores envolvidos nessa cadeia, e tem como principal missão mostrar para o mercado que, dentro de pouco tempo, será possível suprir grandes demandas, com madeira de alta qualidade e volume.
Além disso, essa madeira vai ter as características que o mercado mais precisa que são: origem, legalidade e sustentabilidade, pois são florestas plantadas; padrão e a continuidade de fornecimento. Sem esses três quesitos é muito difícil montar uma cadeia produtiva.
Procedro
Na outra ponta, também é preciso mostrar aos produtores que o mercado está demandando a madeira, que o mercado é comprador, que está carente da madeira com essas três características, e essa é a missão da ProCedro.
Porém, não é apenas isso, a Associação tem outras necessidades, uma delas é institucionalizar o discurso sobre o cedro australiano, conferindo ainda mais legitimidade ao assunto, coisa que uma empresa ou um produtor isolados, que têm interesse comercial no negócio, teriam dificuldade em alcançar.
E mais, apresentar todos os agentes envolvidos nessa cadeia que está por ser construída: produtor, consultor, academia, pesquisadores, prestadores de serviços, agente certificador, fornecedor de insumos e o consumidor da madeira.
Associativismo florestal
Azeitar esse relacionamento irá proporcionar um ganha-ganha para beneficiar todo mundo.
Outro ponto importante é gerar e difundir mais conhecimento sobre o manejo, o processamento da madeira, o mercado; onde está e como acessá-lo.
E por fim promover, celebrar convênios, eventos, pesquisas, tudo em prol de uma nova espécie, cuja cadeia está sendo estruturada.
“Como uma entidade de grupo temos condição, tanto técnica quanto financeira, de ocupar mais espaço na mídia, divulgar de forma mais eficiente essa nova espécie, realizar testes mais complexos com a madeira, sempre direcionado ao que o mercado quer e precisa”, destaca o presidente da ProCedro, Ricardo Vilela.
Outro ponto de destaque da Associação está ligado à maior quantidade de madeira produzida pelos associados, onde será possível conseguir fazer vendas conjuntas e acessar mercados que, por questão de custo ou volume, seriam inacessíveis aos produtores de forma isolada. E também criar padrões de classificação e de qualidade para essa madeira, que é uma forma de ordenar o mercado.
Mitos e verdades
E por fim, mas não menos importante, esclarecer mitos e verdades que dificultam a forma de comunicação sobre os investimentos florestais em espécies tropicais de alto valor, haja vista que quem vem investindo nessas espécies, tradicionalmente, não é do setor florestal.
Não se vê as grandes empresas florestais investindo em cedro australiano, mogno africano, etc. O mais comum são pequenos empresários, profissionais liberais. E porque os floresteiros não estão fazendo isso, se são eles que deveriam assumir o protagonismo?
“Acredito que possa existir uma falha de comunicação, seja por mitos, por valores superestimados de receitas, nos quais o pessoal do setor florestal não acredita, mas melhorar essa comunicação é fundamental para que o setor florestal em si passe a investir em escalas muito maiores na madeira tropical de alto valor”, conclui o presidente da ProCedro.
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