Panorama do Cedro Australiano
PANORAMA DO CEDRO AUSTRALIANO
Quando falamos do panorama mercadológico o que se vê é que há um descompasso entre o Brasil e o resto do mundo, onde o volume consumido de madeira serrada e seu valor vêm aumentando.
No país, a madeira nativa tem se valorizado de maneira constante, mas vem perdendo terreno, enquanto o eucalipto e produtos de madeira reconstituída vêm ocupando seu lugar, não pela qualidade, mas principalmente por pressões ambientais dos consumidores e esforços do governo para diminuir o desmatamento.
Ainda assim, segundo dados do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, em 2014 foram consumidos 11,7 milhões de m3 de toras da Amazônia. Essa redução forçada cria um mercado carente de madeira nobre (e legal) brasileira, com demanda reprimida superior a sete milhões m³/ano.
No país, a madeira nativa tem se valorizado de maneira constante, mas vem perdendo terreno, enquanto o eucalipto e produtos de madeira reconstituída vêm ocupando seu lugar, não pela qualidade, mas principalmente por pressões ambientais dos consumidores e esforços do governo para diminuir o desmatamento.
Ainda assim, segundo dados do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, em 2014 foram consumidos 11,7 milhões de m3 de toras da Amazônia. Essa redução forçada cria um mercado carente de madeira nobre (e legal) brasileira, com demanda reprimida superior a sete milhões m³/ano.
Entre os pilares de aceitação do produto pelo mercado estão:
Origem
Muitas empresas têm receio de adquirir madeira de origem ilegal.Padrão
O produtor deve entregar a madeira dentro das características acordadas – umidade, número de defeitos e dimensões. O que ainda não é cumprido pela maioria dos fornecedores de madeira de origem nativa.Continuidade de fornecimento
ao iniciar o uso de uma nova espécie de madeira, o empresário observa se haverá continuidade de fornecimento. Na tabela 1 é possível perceber o panorama do investimento em cedro australiano, levando em consideração a implantação da cultura na base de 10 hectares em um ano; com ciclo médio de 15 anos.
Custos incluídos na planilha: arrendamento de terra, silvicultura, colheita, processamento, gestão, seguro; pacote tecnológico completo.
| Premissas do projeto: | Valores | Unidades |
|---|---|---|
| Arrendamento de terra (hectare útil) | 500 | R$ /ha / ano |
| Gestão profissional | 240 | R$ /ha / ano |
| Produtividade com 625 plantas/ha (até o ano 8) | 30 | m³ / ha / anoa |
| Produtividade com 313 plantas/ha (ano 9 ao ano 15) | 20 | m³ / ha / ano |
| Aproveitamento da madeira para serraria aos 8 anos | 70 | % |
| Rendimento na serraria (28 m3 serrados) | 3 | m³ tora / m³ serrado |
| Preço médio da madeira serrada aos 8 anos | 1.500 | R$ / m³ (FOB) |
| Impostos sobre a madeira serrada | 20 | % |
| Produção de lenha aos 8 anos | 36 | m³ / há |
| Preço da lenha aos 8 anos | 30 | R$ / m³ (FOB) |
| Aproveitamento da madeira para serraria aos 15 anos | 80 | % |
| Rendimento na serraria (104 m3 serrados) | 2 | m³ tora / m³ serrado |
| Preço da madeira serrada aos 15 anos | 2.500 | R$ / m³ (FOB) |
| Impostos sobre a madeira serrada | 20 | % |
| Produção de lenha aos 15 anos | 52 | m³ / há |
| Preço da lenha aos 15 anos | 30 | R$ / m³ (FOB) |
| Custo de corte e colheita: | ||
| Aos 8 anos | 35 | R$ / m³ |
| Aos 15 anos | 45 | R$ / m³ |
| Custo processamento madeira terceirizado R$ 200,00/m3 | 200 | R$ / m³ |
| Aos 8 anos R$ 200,00/m3 x 28m3 = R$5.600,00 | ||
| Aos 15 anos R$ 200,00/m3, 104m3 = R$ 20.800,00 |
Na tabela 2 está o fluxo financeiro de plantio de 10 hectares de cedro australiano, com receita líquida, descontando 20% de tributação sobre a venda de madeira serrada.
| ano | investimento | despesas | receitas | fluxo $ acumulado | saldo no ano | |
|---|---|---|---|---|---|---|
| 1 | -100.000 | -110.000 | -110.000 | |||
| 2 | -40.000 | -140.000 | -40.000 | |||
| 3 | -25.000 | -165.000 | -25.000 | |||
| 4 | -23.000 | -188.000 | -23.000 | |||
| 5 | -18.000 | -206.000 | -18.000 | |||
| 6 | -19.000 | -225.000 | -19.000 | |||
| 7 | -20.000 | -245.000 | -20.000 | INVESTIMENTO MAXIMO | ||
| 8 | -19.000 | -98.000 | 350.000 | -12.000 | 233.000 | |
| 9 | -14.000 | -26.000 | -14.000 | |||
| 10 | -16.000 | -42.000 | -16.000 | |||
| 11 | -16.000 | -58.000 | -16.000 | |||
| 12 | -16.000 | -74.000 | -16.000 | |||
| 13 | -16.000 | -90.000 | -16.000 | |||
| 14 | -14.000 | -104.000 | -14.000 | |||
| 15 | -13.000 | -325.000 | 2.100.000 | 1.658.000 | 1.762.000 | FINAL DO CICLO |
Aqui é muito importante frisar que:
- O projeto contempla o custo de arrendamento de terra, que no montante total do investimento de R$ 245.000,00 representa R$ 40.000,00.
- O projeto tem custos elevados, pois leva em conta continuidade na fertilização (adubação) da área até o final do ciclo.
- A madeira produzida no desbaste ou corte intermediário tem diâmetro menor, consequentemente menor aproveitamento em serraria. Também, por ser jovem, não atinge os preços da madeira de corte raso. Mas a receita gerada com essa operação praticamente paga todos os custos do projeto, diminuindo necessidade de investimento, acelerando o payback e minimizando riscos.
- O volume de madeira produzido leva em conta as perdas no processamento em serraria.
- A receita apresentada na planilha é líquida, considerando o desconto de 20% sobre o valor de venda da madeira serrada, relativos a impostos federais e estaduais. O valor bruto de faturamento passa de R$ 300.000,00 por hectare no fim do ciclo.
- Todos os números apontados são baseados em experiências reais dos associados da ProCedro, e estão sujeitos a variações.